Mineide Hainzenreder

Atualmente resido em Morrinhos do Sul, RS. Sou professora e também ensino a Palavra na Escola Bíblica Dominical da minha igreja. Estou cursando licenciatura em Pedagogia na UFRGS, no pólo de Três Cachoeiras.

domingo, 18 de novembro de 2007

Será que gostamos realmente do que gostamos?

O texto "Porque você ouve tanta porcaria?", fez-me refletir sobre nossas preferências, não só musicais, mas em todos os âmbitos.
Será que gostamos mesmo do que gostamos ou nos incentivam a gostar?
É muito importante que essas reflexões sejam trabalhadas com nossos alunos.
A mídia em geral, não está preocupada com a formação do povo e sim com a geração de lucros de uma sociedade consumista e capitalista.
Neste sentido é extremamente importante que trabalhemos o lado inverso da moeda, ou seja, que mostremos aos nossos pequenos que o vocabulário, as insinuações e as expressões de duplo sentido fazem parte de um jogo de marketing e que estes conceitos não são ideais para se seguir no cotidiano.
Precisamos mostrar-lhes, que por trás de toda esta estrutura, está montada uma máquina de manipulação tão bem maquiada que não percebemos sua infiltração em nossas mentes.
E acima de tudo, precisamos defender o nosso direito e o direito de nossos alunos de gostar do que realmente nos agrada e não o que nos é empurrado garganta abaixo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Importância do Brincar





O brincar é um valioso mecanismo de desenvolvimento motor, psíquico, lúdico, enfim, um fator de grande importância no desenvolvimento integral do educando e de todo ser humano.
É brincando que a criança interage com o meio em que está inserido e permite que o meio e outras pessoas interajam com ela.
Através da brincadeira, do imaginar, fantasiar e criar, a criança descobre e molda seu próprio eu. Mas será que o brincar termina juntamente com a infância? Será que não mais o praticamos quando crescemos?
O brincar para a criança é o seu trabalho. Já para nós adultos, o nosso trabalho é o nosso brincar. Ou seja, a criança quando brinca ela imagina, cria situações, fatos, onde ela própria está inserida, muitas vezes num mundo de adultos.
Portanto, o brincar não termina jamais. Estamos sempre brincando!
Quem nunca presenciou uma menina brincando de mamãe ou um menino brincando de ser caminhoneiro?
O brincar é considerado como trabalho da criança, pois para ela este é encarado com muita seriedade, tanto que às vezes tomam atitudes de adulto para expressar-se durante as brincadeiras.
É comum as meninas brincarem de castigarem as bonecas por terem “aprontado” e replicarem: ‘Isso é para o seu bem. No dia de amanhã irá me agradecer”. Ou ainda, o menino fingir que liga pra esposa explicando que a carga atrasou e que irá chegar somente no outro dia.
E isso não acontece apenas com o faz de conta. Nas brincadeiras mais concretas a seriedade e o senso de justiça estão sempre presentes. Tanto que se alguém quebrar uma regra é, muitas vezes, encerrada a brincadeira com protestos e repreensões.
Isso tudo nos é cobrado pelo meio, e do meio é cobrado por nós, no nosso dia-a-dia como profissionais.
Há uma grande semelhança entre o brincar das crianças e o nosso trabalhar.
Assim como o brincar molda e contribui para o desenvolvimento da criança, construindo limites e responsabilidades, o nosso trabalho também nos proporciona isso.
Este molde é percebido quando nos tornamos adultos, onde muitas das atitudes que temos no nosso modo de agir, sofreu influência do nosso brincar quando crianças.
Da mesma forma que a brincadeira é para a criança, o trabalho é para o adulto e este pode ser um momento de prazer, aprendizado, satisfação, etc.
Por isso é muito importante que o brincar seja trabalhado dentro da sala de aula, onde ele possa ser uma extensão do processo de ensino-aprendizagem.
Afinal, se ele pode ser prazeroso, por que não usá-lo onde se necessita dele como estímulo?
O brincar é um dos instrumentos sociais mais completos para ao desenvolvimento humano em todos os âmbitos. Ele pode produzir, dentro de uma perspectiva lúdica, um grande suporte para a inclusão, desenvoltura, prazer em aprender e porque não em ensinar?
Com o brincar engajado no processo educacional a aula se torna mais prazerosa e o sucesso escolar estará garantido.
Portanto, utilizar o brincar na sala de aula se torna mais que lúdico e didático...
...Se torna um mecanismo enriquecedor do proceeso ensino-aprendizagem!

domingo, 4 de novembro de 2007

A Importância dos Contos de Fadas

Ao trabalhar com os contos de fadas observei diferentes reações nos meus educandos, os quais procuraram construir assimilações com experiências pessoais, familiares, estudantis, etc.
Acredito que cada experiência com os contos de fadas, tem instigado na obtenção de um dinamismo maior em sala de aula. Assim sendo, percebi a necessidade de escolhermos histórias que venham desenvolver a imaginação dos mesmos, de forma lúdica e prazerosa.
Percebi também, que devemos ter cuidado na preparação da roda de leitura e do conto. Isso por que antes de contarmos uma história infantil, devemos saber como conduzi-la e direcioná-la, e estar preparado para possíveis perguntas que venham a surgir dos alunos.
Percebi também, que os contos de fadas são vivenciados pelas crianças como maravilhas; dessa forma, as crianças se sentem compreendidas bem no fundo dos seus sentimentos, esperanças e ansiedades, pois estes, em geral, estão cheios de misteriosos significados que vão ao encontro do lado psicológico e emocional, falando da vida e de todos os sentimentos próprios do homem. Eles dão soluções satisfatórias, mesmo que temporárias, às dificuldades da vida.
Os personagens dos contos de fadas caracterizam sentimentos; os monstros e as bruxas personificam nossos próprios temores e incapacidades contra os quais temos que lutar; as fadas são nossas capacidades e possibilidades ainda desconhecidas que, em determinadas situações podemos obter.
Sendo assim, por meio da exploração dos contos de fadas e das histórias infantis num todo, é possível alcançar soluções para as mais diversas dificuldades e problemas e juntamente, criar condições para uma aprendizagem promissora e fecunda.