Mineide Hainzenreder

Atualmente resido em Morrinhos do Sul, RS. Sou professora e também ensino a Palavra na Escola Bíblica Dominical da minha igreja. Estou cursando licenciatura em Pedagogia na UFRGS, no pólo de Três Cachoeiras.

sábado, 30 de maio de 2009

III Simpósio Internacional e VI Fórum Nacional de Educação

Esta semana se realizou nas dependências da Ulbra Torres o III Simpósio Internacional e VI Fórum Nacional de Educação.
Durante este evento algumas trocas foram feitas e algumas informações adquiridas.
Como abertura, pudemos assistir a uma Conferência ministrada pela professora Andréa Alliaud, da Universidade de Buenos Aires – Argentina, sob a temática:Tradições e Perspectivas da formação Docente: Uma Aproximação Política e Pedagógica ao Ofício de Ensinar.
Abaixo relatarei algumas das idéias e dados apresentados pela conferencista. Ela relatou três pontos de sua palestra:
# Perspectiva Sócio-histórica: como foi a história da escola e do ambiente escolar.
# Perspectiva Histórico-coletiva: a história geral da escola.
# Perspectiva Histórico-biográfica: história escolar dos sujeitos. A história coletiva da docência que perdura e se transmite na escola. A transmissão por meio de gerações sucessivas. O que contribui para a construção de novas idéias? Esquemas de ações dessas estruturas.
O passado e importante para que, nos momentos de crise que passamos na escola, possamos entender o presente por meio do conhecimento do passado. Podemos explicar porque as coisas são como são. Buscamos, então, desafios e soluções.
O passado está incorporado na mente e nas ações dos sujeitos do presente, permitindo entender o presente e projetar o futuro.
As tradições que convivemos no presente oportunizam conflitos e debates. Elas configuram pensamentos e ações e trazem características para o pensamento docente.
Existe a tradição normalista, que se originou no magistério com a institucionalização da formação docente pela necessidade de criação do exército de mestres patriotas no combate a ignorância. Foi neste momento que se originou a pedagogia como ciência. A escola normal se torna local de formação deste professor.
A escola se transforma no local de transmissão do saber pedagógico para a formação deste exército.
Desta forma, o estado cria instituições educativas que eram ditas como sustento para o progresso e pilar para a república, ou seja, a docência surgiu para formar a grande massa da população.
O estado se constitui como estado formador e assumi a responsabilidade da educação gratuita e para todos, com a intenção de homogeneizar a sociedade.
A formação de cidadão era compreendida como ser dotado de hábitos e saberes básicos para a sociedade.
A escola passou a ser responsável por resolver os problemas mentais e morais, provenientes da cultura que os alunos trazem dos pais. A escola precisa desenvolver um novo comportamento que tem a ver com a nova ordem cultural.
Já o professor devia converter a grande maioria à cultura dominante e política, voltadas à valores e moralidades que o cidadão deveria portar. Essa moralidade era vinculada a conteúdos escolares. Desta forma, objetivava-se regenerar e transformar a grande massa em cultos com finalidade de respeitar as instituições políticas.
Com isso, o professor recebe um valor simbólico apostólico, onde o mestre é o salvador da nação e a ignorância é o pecado, que será destruído na escola: templo do saber.
Na verdade, o principal na formação dos professores era a colocação da disciplina e dos conteúdos. A educação formou estimulou a visão do professor bonzinho de formação das séries iniciais. Na educação acadêmica o professor deve saber sua matéria, o que torna a educação fraca e obstacularizadora dos saberes.
Por influência do movimento crítico social se vê conteúdos na escola e na formação dos docentes em formação eficientista.
Após os anos 80, a educação e as instituições de ensino passaram a ser responsabilidade das províncias (municípios) e não mais do poder do estado (Argentina).
Fica estabelecido o normal para as séries iniciais e para as demais séries o ensino superior.
Objetivo é garantir o processo institucional do professor, com ajuda para a melhoria da visão social do professor, na ajuda da sociedade mais justa.

Esta é a realidade Argentina, mas em alguns aspectos se aproxima da nossa.