Mineide Hainzenreder

Atualmente resido em Morrinhos do Sul, RS. Sou professora e também ensino a Palavra na Escola Bíblica Dominical da minha igreja. Estou cursando licenciatura em Pedagogia na UFRGS, no pólo de Três Cachoeiras.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Temas Geradores e Pedagogia de Projetos


Os textos estudados me propiciaram compreender que, quando falamos em temas geradores, estamos falando em uma maneira de pensar e repensar a escola em todos os seus aspectos educacionais, inclusive nos diferentes saberes escolares, pois eles podem estender-se, tornando-se significativos, e desta maneira, criar possibilidades de descobertas e aprendizagens, no qual teoria e prática se fundem as experiências sociais, resultando em um espaço para o pensamento criar-se e recriar-se.

Desta forma uma prática pedagógica que contemple os temas geradores propicia aprendizagens significativas, onde o pensamento pode ser criado e recriado por meio de reflexões, diálogos e trocas de experiências.

Paulo Freire menciona que “o que se pretende investigar não são os homens, (...) mas o seu pensamento-linguagem referido à realidade”.

Uma prática pedagógica que trabalha com temas geradores, está intimamente ligada à valorização das individualidades e da cultura de cada aluno.

E a pedagogia de projetos, também é uma ferramenta muito importante, pois ele é “uma forma de organizar a atividade de ensino e aprendizagem... favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares... em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio”. Portanto, os Projetos nos permitem um modelo de aprendizagem significativa, onde os alunos serão co-partícipes no processo relacional entre as fontes de pesquisas.

Além disso, os projetos não se esgotam no horário da aula, nem deve ser aglutinador de todas as aprendizagens de sala de aula. Ou seja, outros assuntos podem ser trabalhados e acrescentados a cada projeto trabalhado, abrindo assim um horizonte infindo de possibilidades de interações, argumentações e aprendizagens. Isso ocorre, pois, os temas partem da necessidade, interesse, curiosidade e desejos do grupo, surgindo oportunidades para argumentação, como em rodas de conversas, que possibilitam a interação entre os temas e o contexto social – conhecimento construído a partir da realidade. Também é possível se trabalhar vários assuntos de várias áreas do conhecimento, interligando-as ao tema central.

Somente desta forma o aluno será capaz de compreender sua realidade, ler o que o cerca, para então, poder interagir com ela e modificá-la, atuando e transformando sua própria história.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Compreendendo os PAs




Este semestre, foi para mim, se dúvida alguma, um período de acomodação dos conhecimentos, como se o quebra cabeça se montasse. Esta compreensão mais ampla ocorreu principalmente na interdisciplina de Seminário Integrador VII, com a proposta dos PAs.

As atividades desenvolvidas depois da conclusão do Projeto de Aprendizagem oportunizaram a minha maior compreensão quanto à estrutura e a sistematização do PA. Durante o desenvolvimento da proposta, pude refletir e analisar meu posicionamento inicial por meio da intervenção da colega revisora, e isso me permitiu chegar a algumas conclusões importantes.

Talvez a maior delas, seja a importância do PA na construção do conhecimento dos alunos e até mesmo do registro histórico de uma região. Esta proposta de pesquisa pode trazer muitas oportunidades de descobertas à vida dos educandos, como maior conhecimento social, o que oportunizaria a participação deles no convívio com o grupo social.

E o mais interessante é que este processo de construção do conhecimento, que o PA propicia, vislumbra que viemos estudando durante todo curso, onde "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (Pedagogia da Autonomia, pág.47).

Este processo de construção do conhecimento é bem descrito por Iris Elizabeth Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena “como um processo complexo de idas e vindas entre o que eu penso que sei”. Esta trajetória de idas e vindas foram bem marcantes durante o desenvolvimento do PA, que desafiou-nos na busca de novas descobertas, tendo como ponto de partida nosso interesse e curiosidade.

E é justamente esta curiosidade que devemos trabalhar em sala de aula, pois já disse Paulo Freire que “Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Comunidade Surda

Sabemos que as diferenças geram um desconforto ao ser humano, pois tudo que é novo necessita de reflexão e, conseqüentemente, a incorporação delas a um hábito de vida e a uma forma de ver o mundo que eram diferentes até então.

E com as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, não é diferente. No entanto, quando estas diferenças não são aceitas e incorporadas a vida de outras pessoas, elas sofrem com o preconceito social, que vem se estendendo por décadas, caracterizando-se numa brusca ruptura de sua identidade e cultura.

Na reflexão sobre este tema a interdisciplina de Libras, forneceu textos e oportunidade para que eu pudesse rever e compreender melhor esta realidade, mais precisamente a da comunidade surda.

Pude perceber que todo individuo, independentemente de nacionalidade, cor ou credo, possui uma identidade distinta e sua cultura própria, e que, apesar das experiências adquiridas no seu convívio social e a influência destas sobre sua forma de pensar e agir, cada ser, possui suas características particulares, com suas preferências, gostos e costumes que diferem de pessoa para pessoa.

Desta forma, deve haver um respeito e valorização dos saberes das pessoas que possuem características diferentes, sendo elas físicas, culturais ou auditivas, e isto vale para nossos alunos, pois, somente assim, eles poderão compreender o mundo que estão inseridos e a si próprios, construindo sua auto-estima e valorizando-se como ser humano.

Os filmes “Meu nome é Jonas” e “O Garoto Selvagem” mostraram parte da discriminação que as pessoas ditas diferentes sofrem na sociedade.

O preconceito existente em relação às pessoas com deficiências ainda é muito grande e o nosso sistema educacional ainda está despreparado para receber alunos com necessidades educacionais especiais, o que dificulta a inclusão e a inserção destes alunos no ensino regular. Desta forma, o sistema os priva de interagirem com alunos não portadores de deficiência, restringindo a troca de conhecimentos, e privando-o de aspectos importantes na construção da identidade do indivíduo, por meio das relações que estabelece com o meio.

Também me chamaram bastante a atenção as relações estabelecidas entre a sociedade e a cultura surda durante sua trajetória histórica. A sociedade não considerou as reais necessidades da cultura surda como comunidade social e cultural, mas sim como mecanismo de pesquisa na tentativa de explicar uma cultura diferente das demais. Como se toda cultura fosse igual! Além disso, houve muito poucas manifestações de aceitação do surdo na sociedade, havia sim, um intuito de “curá-lo” desta doença, de torná-lo apto a falar oralmente, mesmo que por métodos ineficazes e que culminavam por tornar a cultura surda uma anomalia e não uma cultura independente e com suas características próprias.

O importante é que apesar de tantas lutas e batalhas, a comunidade surda está alcançando muitas conquistas sociais, pois atualmente, a educação está seguindo num rumo diferente onde as diferenças são vistas com características de extrema preciosidade, capazes de nos levar a um horizonte jamais imaginado.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Aula Presencial: Discutindo Planejamentos


Gostaria de deixar registrado a aula presencial que tivemos ontem. Foi maravilhosa!!
Pudemos discutir sobre nossos planejamentos, nossas dúvidas referentes às atividades que deveríamos ou não usar e nos firmar num aprofundamento teórico já visto em módulos anteriores.

Dúvidas sobre objetivos, estrutura do plano de aula, sistematização, enfim, pontos que ainda estavam com lacunas foram esclarecidos.

Para mim, esta aula propiciou um espaço rico para a minha aprendizagem e creio que para os colegas também, pois pudemos ver na prática, na construção do plano de aula a concretização da teoria. E isso foi mágico e esclarecedor.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os Métodos de Planejamento na Alfabetização e Letramento da Língua Materna


Ao ler o texto da autora Iole Maria Favieiro Trindade, pude compreender muitos pontos importantes sobre o planejamento referente a alfabetização e ao letramento.

Um deles é que não é possível alfabetizar ou letrar com um método, mais sim com uma mistura de vários métodos. E esta afirmativa se estende para todos "os processos de enino aprendizagem, isto é, de aquisição (codificação e decodificação) e usos da lingua escrita.

Outro ponto, que me chamou bastante a atenção é que, segundo a autora, o "planejamento deve procurar contemplar atividades diárias de produção textual, leituras de texto, jogos, ditado e outras atividades de sistematização", pois são atividades muito importantes para aquisição e o uso da leitura e da escrita.

Durante a construção do plano de aula, estas características ficaram ainda mais claras e pude compreender que estas atividades deixam o planejamento muito mais rico.

sábado, 17 de outubro de 2009

Considerações e Descobertas Interessantes sobre a EJA


Ao ler o texto da autora Regina Hara, pude refletir sobre a alfabetização dos adultos e a forma como este processo ocorre.

Já havia visto em outras interdisciplinas que o homem construi seu próprio conhecimento, portanto compreendi que na escrita não é diferente. Tanto Emília Ferreiro, como Teberosky e Paulo Freire tomam o homem como sujeito cognoscente e construtor do seu conhecimento e “quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita, uma parcela do conhecimento social”.

Pude ver que a compreensão do código escrito precede a entrada na escola e que, portanto, os adultos não escolarizados também possuem concepções de escrita. Sendo assim é necessário se estruturar um projeto para aprender e não apenas um método de ensinar.

Um dos principais pontos a ser respeitado são a valorização e a incorporação das experiências acumuladas pelos alunos, no processo de ensino-aprendizagem. Assim, criam hipóteses com significado, o que propicia maior conhecimento, enquanto o processo de escolarização se realiza. E dentro deste processo, muitas descobertas surgiram.

Uma delas são as diferenças e as semelhanças existentes entre a alfabetização de adultos e a de crianças. Devido a estas diferenciações e a todas as características e aprendizagens que construíram durante a vida é que a alfabetização de adultos possui algumas características que a distingue da alfabetização das crianças.

Os adultos possuem a consciência de que a escrita é a representação da sonoridade, ou seja, da fala, o que muitas vezes não ocorre na criança em início do processo de alfabetização.
Além disso, o adulto já possui o conhecimento de que o nome da letra representa sua sonoridade. Isso possibilita ao adulto verificar se a palavra que ele supõe ou acredita estar escrita em um determinado texto, é realmente a correta, através da sua letra inicial, por exemplo.

Outro ponto que achei basta te interessante são os estágio que o adulto percorre durante a concepção do domínio da escrita. Escrita pré-silábica, silábica, silábico-alfabético e alfabético, que são os mesmos estágios que a criança passa no processo de alfabetização.
Para mim que desconhecia o processo de aquisição da escrita nos adultos, foram bastante interessantes estas novas descoberta.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sétimo Semestre



Mais um semestre se inicia!!

Mais obstáculos a se superar e mais vitórias a alcançar!!!

Vamos em frente!

sábado, 30 de maio de 2009

III Simpósio Internacional e VI Fórum Nacional de Educação

Esta semana se realizou nas dependências da Ulbra Torres o III Simpósio Internacional e VI Fórum Nacional de Educação.
Durante este evento algumas trocas foram feitas e algumas informações adquiridas.
Como abertura, pudemos assistir a uma Conferência ministrada pela professora Andréa Alliaud, da Universidade de Buenos Aires – Argentina, sob a temática:Tradições e Perspectivas da formação Docente: Uma Aproximação Política e Pedagógica ao Ofício de Ensinar.
Abaixo relatarei algumas das idéias e dados apresentados pela conferencista. Ela relatou três pontos de sua palestra:
# Perspectiva Sócio-histórica: como foi a história da escola e do ambiente escolar.
# Perspectiva Histórico-coletiva: a história geral da escola.
# Perspectiva Histórico-biográfica: história escolar dos sujeitos. A história coletiva da docência que perdura e se transmite na escola. A transmissão por meio de gerações sucessivas. O que contribui para a construção de novas idéias? Esquemas de ações dessas estruturas.
O passado e importante para que, nos momentos de crise que passamos na escola, possamos entender o presente por meio do conhecimento do passado. Podemos explicar porque as coisas são como são. Buscamos, então, desafios e soluções.
O passado está incorporado na mente e nas ações dos sujeitos do presente, permitindo entender o presente e projetar o futuro.
As tradições que convivemos no presente oportunizam conflitos e debates. Elas configuram pensamentos e ações e trazem características para o pensamento docente.
Existe a tradição normalista, que se originou no magistério com a institucionalização da formação docente pela necessidade de criação do exército de mestres patriotas no combate a ignorância. Foi neste momento que se originou a pedagogia como ciência. A escola normal se torna local de formação deste professor.
A escola se transforma no local de transmissão do saber pedagógico para a formação deste exército.
Desta forma, o estado cria instituições educativas que eram ditas como sustento para o progresso e pilar para a república, ou seja, a docência surgiu para formar a grande massa da população.
O estado se constitui como estado formador e assumi a responsabilidade da educação gratuita e para todos, com a intenção de homogeneizar a sociedade.
A formação de cidadão era compreendida como ser dotado de hábitos e saberes básicos para a sociedade.
A escola passou a ser responsável por resolver os problemas mentais e morais, provenientes da cultura que os alunos trazem dos pais. A escola precisa desenvolver um novo comportamento que tem a ver com a nova ordem cultural.
Já o professor devia converter a grande maioria à cultura dominante e política, voltadas à valores e moralidades que o cidadão deveria portar. Essa moralidade era vinculada a conteúdos escolares. Desta forma, objetivava-se regenerar e transformar a grande massa em cultos com finalidade de respeitar as instituições políticas.
Com isso, o professor recebe um valor simbólico apostólico, onde o mestre é o salvador da nação e a ignorância é o pecado, que será destruído na escola: templo do saber.
Na verdade, o principal na formação dos professores era a colocação da disciplina e dos conteúdos. A educação formou estimulou a visão do professor bonzinho de formação das séries iniciais. Na educação acadêmica o professor deve saber sua matéria, o que torna a educação fraca e obstacularizadora dos saberes.
Por influência do movimento crítico social se vê conteúdos na escola e na formação dos docentes em formação eficientista.
Após os anos 80, a educação e as instituições de ensino passaram a ser responsabilidade das províncias (municípios) e não mais do poder do estado (Argentina).
Fica estabelecido o normal para as séries iniciais e para as demais séries o ensino superior.
Objetivo é garantir o processo institucional do professor, com ajuda para a melhoria da visão social do professor, na ajuda da sociedade mais justa.

Esta é a realidade Argentina, mas em alguns aspectos se aproxima da nossa.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A Auto-Estima e a Auto-Imagem na Criança

Através da leitura do texto disponibilizado pela interdisciplina Questões Étnico Raciais na Educação, pude refletir e analisar mais precisamente como o comportamento e a realidade vivenciada por uma criança, pode contribuir positivamente ou negativamente na construção e desenvolvimento da auto-estima e da personalidade do indivíduo, cuja é fator imprescindível para a convivência em sociedade, seja qual for sua etnia.
Nesta reflexão o texto de Marilene Leal Paré, Auto Imagem e Auto Estima na Criança Negra: um Olhar sobre seu Desempenho Escolar, me remeteu a reflexão sobre a discriminação racial, que está muito difundida em nossa sociedade desde a colonização brasileira, com características marcantes da escravidão. No entanto, pude perceber que se as características etnicas forem bem trabalhadas em casa e na escola, a criança pode se aceitar e se respeitar, amando-se da maneira que é. Não negando sua etnia a criança consegue valorizar sua cor e se achar privilegiada, por ter traços marcantes ede uma cultura única. Com isso, a criança consegue se inserir positivamente no grupo social, construir laços afetivos e se desnvolver como indivíduo ativo e responsável.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Análise do Comportamento Humano

Esta semana, duas atividades que realizei foram interessantes, pois com elas pude observar características do comportamento humano.

Uma delas foi o trabalho de filosofia, cujo consistia em analisar as características morais presentes em um conflito que as envolvia.

Analisando a cena percebi que em nossas vidas, em determinados momentos, somos pressionados a optar entre as nossas convicções morais e entre as regras sociais, que às vezes se diferem uma da outra.

Acredito que em determinadas ocasiões, qualquer atitude que decidimos tomar para resolver um conflito moral, contraria algumas de nossas convicções éticas e morais. Foi o caso do professor, que ao perceber que este indivíduo estava colando, o professor encontra-se frente a um conflito moral. Denunciá-lo e com isso, causar humilhação, constrangimento e perda de confiança frente ao anfitrião (talvez até mesmo admitir que, de certo modo, falhou com este aluno)? Calar-se e consentir com a trapaça? Acredito que nenhuma das duas alternativas foi agradável ao ponto de vista do educador.

Sendo assim, o educador encontra uma terceira alternativa e com ela, um novo conflito moral.

O professor poderia fazer uma pergunta relacionada a algo ensinado, mas que não continha em livros, assim o aluno não saberia a resposta, pois o seu cúmplice não a acharia.

No entanto, as regras do concurso estipuladas anteriormente eram de seguir a ordem seqüencial das questões já pré-definidas. O que fazer?

Optar pela questão cujo aluno teria que responder unicamente frente a seus conhecimentos e quebrar as regras do concurso, ou ser eticamente correto com as normas e permitir que ele trapaceasse e ganhasse corruptamente o César?

Dois conflitos bastante complicados para ser decididos em um curto espaço de tempo.
A escolha feita pelo professor foi quebrar as regras para não consentir com a mentira, o qual julgava imoral.

Acredito que qualquer uma das decisões que pudesse, o professor ter tomado, estariam totalmente desvinculado do que ele próprio considera moralmente correto. Sendo assim, pude perceber que ele optou pela alternativa menos prejudicial, a qual não constrangeria nenhum dos envolvidos. Esta decisão, acredito eu, foi tomada com o intuito de contribuir para o desfecho, que realmente teria este episódio, frente a circunstâncias éticas e morais.

A outra atividade interessante que gostaria de ressaltar, de âmbito mais ligado ao desenvolvimento humano com suas fases e faixas etárias, procurava responder a solicitação da interdisciplina de Psicologia.

Pude perceber muitas das características estudadas na teoria de Piaget e constatar a mudança que estas se deram na vida desta criança analisada.

Ficou bastante evidente o que Piaget chamava como “construtivismo seqüencial”. Ele diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se, portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras.

Becker vai além, dizendo que “Aprender é proceder a uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade” (Inhelder, Bovet e Sinclair, 1977, p.263) “A novidade trazida pela aprendizagem e a continuidade garantida pelo desenvolvimento” (BECKER, 2001a, p.25-6).

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Difícil Inclusão Social

Esta semana fiz uma pesquisa solicitada pela interdisciplina de Educação Especial. Através dela, percebi que em meu município não existe um órgão ou sistema que preste serviço ou que atenda exclusivamente os alunos com necessidades educacionais especiais.

Pude constatar, por meio da minha pesquisa, que existe uma carência bastante relevante na área de atendimento educacional especializado.

Nas escolas não encontramos laboratórios para este tipo de atendimento, que na maioria das vezes é disponibilizada pelo professor de ensino regular em horário normal de aula. No entanto, este atendimento especializado nem pode ser considerado como tal, pois deixa em muito a desejar. O que pode ser observado se enquadra mais como atividades de reforço do que como atendimento especializado.

O município disponibiliza transporte para que os casos mais graves sejam levados até a APAE de Três Cachoeiras. Mas fiquei pensando porque não implantar um sistema que de este suporte aqui dentro do município?

É muito importante que se busque incorporar esta realidade na escola, pois este direito é assegurado por lei. Com a constituição de 1988, os alunos com necessidades educacionais especiais passaram a ter direito a educação como todos os demais colegas sem deficiência e também à educação especial como complemento da sua formação. Esse atendimento de ser disponível em todos os níveis de ensino, de preferência nas escolas comuns de ensino básico e superior.

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, conforme a resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de fevereiro de 2001, em seu artigo 2, cabendo as escolas, organizar-se para atender a esta clientela.

A resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de fevereiro de 2001, no artigo 3º, em seu parágrafo único, afirma que os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva.

No entanto a realidade é outra. Então me pergunto: como ficam as dificuldades dos alunos? E a nossa em lidar com estas múltiplas realidades?

Às vezes, sinto-me sem saber por onde começar para reverter este quadro lastimável onde todos nós somos vítimas de um sistema educacional que ainda engatinha rumo a verdadeira inclusão escolar. Mas creio que aos poucos e com esforço contínuos chegaremos a uma educação da qual sonhamos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Apenas para Compartilhar

Isso aconteceu num vôo da British Airways entre Johannesburgo e Londres.
Uma senhora branca, de uns cinqüenta anos, senta-se ao lado de um negro.Visivelmente perturbada, ela chama a aeromoça:
- Qual é o problema, senhora? - pergunta a aeromoça.
- Mas você não está vendo? - responde a senhora. Você me colocou do lado de um negro! Eu não consigo ficar do lado desse tipo de pessoa.Me dê outro assento - diz a senhora, transtornada.
- Por favor, acalme-se - diz a aeromoça. Quase todos os lugares deste vôo estão tomados. Vou ver se há algum lugar disponível.
A aeromoça se afasta e volta alguns minutos depois.
- Minha senhora, como eu suspeitava, não há nenhum lugar vago na classe econômica.Eu conversei com o comandante e ele me confirmou que não há mais lugar na executiva.Entretanto, ainda temos um assento na primeira classe.
Antes que a senhora pudesse fazer qualquer comentário, a aeromoça continuou.
- É totalmente inusitado a companhia conceder um assento de primeira classe a alguém da classe econômica, mas,dadas as circunstâncias, o comandante considerou que seria desagradável demais alguém ser obrigado a sentar-se ao lado de pessoa tão repulsiva.
E dirigindo-se ao negro, a aeromoça complementa:
- Portanto, senhor, se for de sua vontade, pegue seus pertences, que o assento da primeira classe está à sua espera.
E todos os passageiros ao redor que, chocados, acompanhavam a cena, levantaram-se e bateram palmas.

A discriminação é repulsiva! Quem a pratica se iguá-la à ela!!

Visita Histórica à Mostardas

Esta visita à cidade de Mostardas propiciou-me analisar e perceber alguns aspectos da cultura açoriana.

Acredito que atividades como esta são uma fonte muito rica de conhecimento de outras culturas e da diversidade de características que cada uma delas apresentam em seu contexto.

A diversidade cultural, a discriminação, o preconceito, as diferenças de raças, culturas, etnias e religiões são alguns dos aspectos que podem ser trabalhados com os alunos com uma visita deste âmbito.


“As crianças, os jovens de hoje serão os adultos de amanhã; se for possível levá-los
a compreender o que se passa no mundo, talvez se criem em muito deles
atitudes de tolerância, de aceitação dos outros diferentes deles próprios ...” (WEREBE, 2001.p. 125)






domingo, 19 de abril de 2009

A Diversidade Cultural (Mosaico - Torre de Babel)

A experiência obtida por meio da aplicação desta atividade foi muito gratificante e enriquecedora.
Pudemos refletir sobre algumas curiosidades dos alunos, que nos impulsionaram à pesquisa e coleta de dados.
Essa busca propiciou um debate e muitas trocas de informações, que renderam uma aula muito produtiva e um ambiente instigante para a aprendizagem.
Foi uma manhã maravilhosa!

sábado, 18 de abril de 2009

O Conhecimento e a Aprendizagem

A interdisicplina Psicologia da Educação me auxiliou, com seus textos e atividades a refletir sobre o fazer docente e sobre como se dá a aprendizagem no educando.
Acredito que as atividades em sala de aula devem ser planejadas de forma que seja significativa para o educando e também direcionada para que ocorra a aprendizagem. Neste aspecto, a epistemologia genética apresenta uma teoria que vem contribuir com este pensamento. Sabendo que o conhecimento do educando é promovido pela ação direta deste com o objeto de estudo, condiz com o que acreditava Piaget, pois a ação exercida na aprendizagem se dá de maneira física (entre o sujeito e o objeto no decorrer do seu dia-a-dia e com o meio em que vive) e também de maneira mental, por meio da análise e reflexão sobre o objeto em estudo.
Ela vai muito além da assimilação de conhecimentos pelo indivíduo midiatizado pelo meio ao qual está inserido, pois compreende toda a análise, reflexão e ações que o indivíduo exerce sobre o meio, ocasionando um processo de modificação e transformação. Esta transformação é produto de um caminho que se vai construindo gradativamente, seja ele de forma direcionada, como no sistema educacional, ou de maneira sócio educativa, na sua própria relação com o mundo.
E a aprendizagem é o caminho que leva até o conhecimento. Ela está presente em todos os momentos de nossas vidas e está em constante evolução.

Reflexões dos Projetos de Aprendizagens _PA

A execução deste Projeto de Aprendizagem, à princípio, pareceu-me um tanto desnecessário. O que mais aprender a respeito de como pesquisar algo que me chamasse a atenção? Livros, revistas, internet e tantos outros mecanismos seriam ferramentas mais que abrangentes e suficientes para concluir esta proposta. Enganei-me.
Percebi que o fazer pesquisador, o despertar para o desconhecido, a busca por aquilo que desejamos saber, não pode ser meramente encontrado ou respondido por poucas palavras, se abrindo qualquer enciclopédia. O descobrir o novo vai além disso, muito além. É contribuir para a construção de uma nova fonte de pesquisa. É organizar um registro que até o momento era inexistente, possibilitando a complementação de acervos e instrumentos de pesquisa, podendo, inclusive, tornar-se um registro importantíssimo e de extrema relevância para o registro histórico, político, cultural e social de um povo ou até mesmo de um ecossistema.
Pesquisar tornou-se, para mim, a possibilidade de descobrir aquilo que ainda está esperando para ser dividido com o mundo. E é este pensamento que quero desenvolver em meus educandos.

terça-feira, 14 de abril de 2009

EIXO 6 - Novo semestre... novas descobertas...




Mais um semestre se inicia e este espaço serão postadas as aprendizagens significativas que ocorrerem durante este período.