Mineide Hainzenreder

Atualmente resido em Morrinhos do Sul, RS. Sou professora e também ensino a Palavra na Escola Bíblica Dominical da minha igreja. Estou cursando licenciatura em Pedagogia na UFRGS, no pólo de Três Cachoeiras.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Difícil Inclusão Social

Esta semana fiz uma pesquisa solicitada pela interdisciplina de Educação Especial. Através dela, percebi que em meu município não existe um órgão ou sistema que preste serviço ou que atenda exclusivamente os alunos com necessidades educacionais especiais.

Pude constatar, por meio da minha pesquisa, que existe uma carência bastante relevante na área de atendimento educacional especializado.

Nas escolas não encontramos laboratórios para este tipo de atendimento, que na maioria das vezes é disponibilizada pelo professor de ensino regular em horário normal de aula. No entanto, este atendimento especializado nem pode ser considerado como tal, pois deixa em muito a desejar. O que pode ser observado se enquadra mais como atividades de reforço do que como atendimento especializado.

O município disponibiliza transporte para que os casos mais graves sejam levados até a APAE de Três Cachoeiras. Mas fiquei pensando porque não implantar um sistema que de este suporte aqui dentro do município?

É muito importante que se busque incorporar esta realidade na escola, pois este direito é assegurado por lei. Com a constituição de 1988, os alunos com necessidades educacionais especiais passaram a ter direito a educação como todos os demais colegas sem deficiência e também à educação especial como complemento da sua formação. Esse atendimento de ser disponível em todos os níveis de ensino, de preferência nas escolas comuns de ensino básico e superior.

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, conforme a resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de fevereiro de 2001, em seu artigo 2, cabendo as escolas, organizar-se para atender a esta clientela.

A resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de fevereiro de 2001, no artigo 3º, em seu parágrafo único, afirma que os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva.

No entanto a realidade é outra. Então me pergunto: como ficam as dificuldades dos alunos? E a nossa em lidar com estas múltiplas realidades?

Às vezes, sinto-me sem saber por onde começar para reverter este quadro lastimável onde todos nós somos vítimas de um sistema educacional que ainda engatinha rumo a verdadeira inclusão escolar. Mas creio que aos poucos e com esforço contínuos chegaremos a uma educação da qual sonhamos.