Mineide Hainzenreder

Atualmente resido em Morrinhos do Sul, RS. Sou professora e também ensino a Palavra na Escola Bíblica Dominical da minha igreja. Estou cursando licenciatura em Pedagogia na UFRGS, no pólo de Três Cachoeiras.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Análise do Comportamento Humano

Esta semana, duas atividades que realizei foram interessantes, pois com elas pude observar características do comportamento humano.

Uma delas foi o trabalho de filosofia, cujo consistia em analisar as características morais presentes em um conflito que as envolvia.

Analisando a cena percebi que em nossas vidas, em determinados momentos, somos pressionados a optar entre as nossas convicções morais e entre as regras sociais, que às vezes se diferem uma da outra.

Acredito que em determinadas ocasiões, qualquer atitude que decidimos tomar para resolver um conflito moral, contraria algumas de nossas convicções éticas e morais. Foi o caso do professor, que ao perceber que este indivíduo estava colando, o professor encontra-se frente a um conflito moral. Denunciá-lo e com isso, causar humilhação, constrangimento e perda de confiança frente ao anfitrião (talvez até mesmo admitir que, de certo modo, falhou com este aluno)? Calar-se e consentir com a trapaça? Acredito que nenhuma das duas alternativas foi agradável ao ponto de vista do educador.

Sendo assim, o educador encontra uma terceira alternativa e com ela, um novo conflito moral.

O professor poderia fazer uma pergunta relacionada a algo ensinado, mas que não continha em livros, assim o aluno não saberia a resposta, pois o seu cúmplice não a acharia.

No entanto, as regras do concurso estipuladas anteriormente eram de seguir a ordem seqüencial das questões já pré-definidas. O que fazer?

Optar pela questão cujo aluno teria que responder unicamente frente a seus conhecimentos e quebrar as regras do concurso, ou ser eticamente correto com as normas e permitir que ele trapaceasse e ganhasse corruptamente o César?

Dois conflitos bastante complicados para ser decididos em um curto espaço de tempo.
A escolha feita pelo professor foi quebrar as regras para não consentir com a mentira, o qual julgava imoral.

Acredito que qualquer uma das decisões que pudesse, o professor ter tomado, estariam totalmente desvinculado do que ele próprio considera moralmente correto. Sendo assim, pude perceber que ele optou pela alternativa menos prejudicial, a qual não constrangeria nenhum dos envolvidos. Esta decisão, acredito eu, foi tomada com o intuito de contribuir para o desfecho, que realmente teria este episódio, frente a circunstâncias éticas e morais.

A outra atividade interessante que gostaria de ressaltar, de âmbito mais ligado ao desenvolvimento humano com suas fases e faixas etárias, procurava responder a solicitação da interdisciplina de Psicologia.

Pude perceber muitas das características estudadas na teoria de Piaget e constatar a mudança que estas se deram na vida desta criança analisada.

Ficou bastante evidente o que Piaget chamava como “construtivismo seqüencial”. Ele diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se, portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras.

Becker vai além, dizendo que “Aprender é proceder a uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade” (Inhelder, Bovet e Sinclair, 1977, p.263) “A novidade trazida pela aprendizagem e a continuidade garantida pelo desenvolvimento” (BECKER, 2001a, p.25-6).